Objetivo: relacionar a ocorrência de alteração da deglutição e da higiene oral através da avaliação fonoaudiológica do risco para disfagia. Metodologia: estudo transversal observacional analítico de caráter retrospectivo e quantitativo. A população-alvo consistiu de todos os registros de pacientes contidos no banco de dados do Laboratório de Disfagia do Hospital Universitário de Santa Maria. Resultados: 94 indivíduos, sendo 50 (53,1%) do sexo masculino. Do total de mulheres, 9 (20,4%) apresentaram deglutição normal, e destas, 4 (44,4%) apresentaram higiene oral inadequada; 21 apresentaram deglutição funcional, sendo 10 (47,7%) com higiene oral inadequada; 6 apresentaram disfagia leve, destas, 2 (44,4%) com higiene oral inadequada; 2 com disfagia leve a moderada, todas com higiene adequada; e 6 com disfagia grave, sendo que 2 (44,4%) apresentaram higiene oral alterada. Entre os homens 14 (28%) apresentaram disfagia leve, entre os quais 6 (42,8%) apresentaram higiene oral alterada; 4 (8%) com disfagia leve a moderada - 3 (75%) com higiene oral comprometida; 4 (8%) com disfagia moderada, estando 2 (50%) com a higiene oral comprometida; e 3 (6%) com disfagia grave, sendo que 2 (66,6%) apresentaram higiene oral inadequada. Conclusão: houve, respectivamente, predomínio percentual de deglutição normal, deglutição funcional e disfagia grave para o sexo feminino; e de disfagia leve, leve a moderada e moderada para o sexo masculino. Observou-se inadequações na higiene oral para praticamente todos os graus de disfagia, em ambos os sexos, indicando a importância do estabelecimento deste parâmetro, a fim de verificar os possíveis prejuízos gerados ao quadro clínico geral do paciente.