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Ano: 2002  Vol. 6   Num. 2  - Abr/Jun Print:
Editorial
Editorial
Author(s):
Dra. Tanit Ganz Sanchez,
Dr. Olavo Mion,
Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento,
Prof. Dr. Aroldo Miniti
Palavras-chave:
Caros colegas:

A pesquisa científica vem recebendo especial atenção e importância após a conscientização generalizada de seu papel como verdadeiro motor de desenvolvimento. De um modo geral, os países com maior índice de desenvolvimento são aqueles que mais investem em pesquisa. Independente de ter origem pública ou privada e de ser financiada por uma ou mais fontes de auxílio, o fator preponderante de qualquer pesquisa é a sua qualidade científica.

Dentre todos os campos de pesquisa, a área médica tem um papel de impacto indiscutível, uma vez que tem a responsabilidade de averiguar inúmeros aspectos de epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e reabilitação de várias doenças, assim como de propor métodos de prevenção das mesmas ou de novas doenças. Dentre as áreas médicas, a otorrinolaringologia está em franca expansão nos últimos dez anos, o que faz de nossa especialidade um campo riquíssimo para o desenvolvimento de novos estudos científicos. Entretanto, é necessário que as universidades comecem a dar mais valor ao ensino de metodologia científica a seus alunos de graduação e pós-graduação.

Atualmente, para os profissionais que almejam seguir carreira acadêmica, aprender a fazer pesquisa é tão importante quanto aprender a desenvolver uma boa relação médico-paciente ou uma boa destreza cirúrgica. Todos esses conhecimentos se complementam. Na verdade, aprender e desenvolver pesquisas em nome de determinada instituição é uma maneira de reconhecimento dessa instituição pelo seu papel formativo na carreira do profissional. Os demais aprendizados, apesar de fundamentais para qualquer indivíduo, são muito mais proveitosos para o profissional em si do que para a instituição que o formou.

Portanto, apesar da otorrinolaringologia ser uma especialidade eminentemente cirúrgica, o estímulo de desenvolvimento de uma massa crítica de pesquisadores dentro da nossa área de conhecimento deveria ser mais valorizado. Isso poderia ser um exemplo de simbiose perfeita, onde todos os lados saem ganhando: a instituição consegue divulgar seus dados de maneira confiável em revistas de impacto na sociedade nacional e/ou internacional; os profissionais envolvidos têm as mesmas vantagens da instituição, além de serem diretamente reconhecidos por seus pares. Sem contar que os projetos bem feitos e de contribuição à especialidade têm maior chance de receber auxílio financeiro de agências de fomento à pesquisa, somando-se outro fator favorável ao investimento de novos pesquisadores que conheçam bem a metodologia científica.

A Fundação Otorrinolaringologia e a revista Arquivos de Otorrinolaringologia têm tentado contribuir de alguma forma para incentivar o desenvolvimento e a publicação de pesquisas científicas de melhor qualidade, mesmo que seja através de pequenos atos, como as inúmeras sugestões de modificação dos artigos (que não raro retornam repetidas vezes aos autores para ajustes antes da publicação) ou até a pronta recusa de outros estudos.

Gostaríamos de agradecer a todos os pesquisadores que têm enviado suas contribuições em escala crescente e também pela parceria de todos os anunciantes desta edição da revista, os quais têm demonstrado confiança em nossos propósitos de crescimento e difusão de conhecimento.

Abraços a todos

Dra. Tanit Ganz Sanchez
Dr. Olavo Mion
Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento
Prof. Dr. Aroldo Miniti
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