Objetivo: identificar as alterações no processo de deglutição mais frequentemente encontradas em sujeitos com Doença de Parkinson através do exame de Videofluoroscopia. Metodologia: Para inclusão na pesquisa os sujeitos deveriam apresentar somente a Doença de Parkinson, sem outra patologia que tenha como conseqüência a disfagia. Foram analisados 21 laudos de exame do setor de Fonoaudiologia de um hospital, na cidade de Passo Fundo. A análise do exame foi realizada com consistência pastosa e líquida, na posição lateral. Resultados: Na fase Oral observou-se que dos 21 sujeitos, para ambas as consistências,12 apresentaram tempo de trânsito oral aumentado bem como mobilidade de língua reduzida. Resíduo em cavidade oral foi observado em 6 pacientes e escape prematuro posterior em 13 pacientes. Na fase Faríngea, a Reação de Deglutição foi considerada atrasada para ambas as consistências em 13 sujeitos, desencadeada em transição faringoesofágica, elevação de laringe reduzida em 9. Resíduo em valécula, recessos faríngeos e parede posterior da faringe foi observado que em 15 sujeitos, com conseqüente tempo de transito faríngeo aumentado. Foi observado penetração laríngea em 8 sujeitos somente para líquido e aspiração para um sujeito na mesma consistência. Conclusão: Os resultados dos laudos analisados permitem apontar que a dinâmica da deglutição de um paciente com doença de Parkinson, tanto na fase oral quanto na fase faríngea, apresenta aspectos alterados muito relacionados à lentidão e fraqueza muscular, característicos da doença. Esses dados permitem ao Fonoaudiólogo um conhecimento mais apurado da deglutição do paciente, favorecendo abordagens mais específicas no tratamento da disfagia.