Objetivo: relacionar a ocorrência de alteração da ausculta cervical e da deglutição na avaliação fonoaudiológica para o risco de disfagia. Metodologia: estudo transversal, observacional, analítico de caráter retrospectivo e quantitativo. A população-alvo consistiu de todos os registros de pacientes contidos no banco de dados do Laboratório de Disfagia do HUSM. Resultados: 68 indivíduos, sendo 38 (55,88%) do sexo feminino e 30 (44,11%) do sexo masculino. Do total do sexo feminino, 24 (63,15%) apresentaram diagnóstico de deglutição funcional e a ausculta foi adequada em 20 casos (83,33%), esteve alterada em quatro (16,66%); 11 (28,94%) apresentaram disfagia leve e a ausculta foi adequada em oito (72,72%) e alterada em três (27,27%) e três (7,89%) disfagia leve a moderada, sendo a ausculta alterada em 100% dos indivíduos. No sexo masculino, 19 (63,33%) apresentaram deglutição funcional e a ausculta foi adequada em 16 (84,21%) e alterada em três (15,78%); sete (23,33%) apresentaram disfagia leve, destes, seis (85,71%) com ausculta adequada e um (14,28%) com ausculta alterada; quatro (13,33) apresentaram disfagia leve a moderada, sendo que em dois (50%) a ausculta foi adequada e dois (50%) a ausculta foi alterada. Conclusão: predomínio percentual do sexo feminino, diagnóstico de deglutição funcional e ausculta cervical adequada em ambos os sexos na maioria das classificações de disfagia. A ausculta cervical esteve mais alterada conforme a severidade do grau de disfagia, e, deve-se considerar a adequada obtenção deste parâmetro na avaliação do risco para disfagia, porém este deve ser relacionado ao conjunto de alterações apresentadas pelos pacientes.