Introdução: A associação de Polipose Nasossinusal (PNS), Intolerância Aspirínica, e Asma foi inicialmente observada por Widals et al.(1922), e posteriormente por Samter (1967). A ocorrência da asma geralmente precede o aparecimento dos pólipos e a intolerância aspirínica se manifesta principalmente por obstrução nasal e broncoespasmo. O objetivo desde trabalho é relatar um caso de PNS de difícil tratamento, associado há intolerância aspirínica e asma. Relato de caso: B.A.G.P., 56 anos, feminina, procurou o ambulatório de otorrinolaringologia do Hospital Naval Marcílio Dias queixando-se de obstrução nasal de longa data, associada a episódios de epistaxe. Diagnosticada com asma na sua infância, tinha intolerância a AAS e outros antiinflamatórios não-esteróides. A rinoscopia anterior apresentava degeneração polipoide em fossas nasais. Realizou-se Tomografia Computadorizada de seios paranasais onde foi evidenciado velamento dos seios frontais, maxilares, etmoidais e esfenoidais. Alem disso, obstrução completa dos complexos óstios-meatais e aumento do volume de partes moles nas fossas nasais. A paciente foi submetida à polipectomia nasal com antrostomia maxilar intranasal bilateral, etmoidectomia bilateral e sinusotomia frontal bilateral, evoluindo sem intercorrências no pós-operatório. Manteve acompanhamento ambulatorial e tratamento com corticoide tópico nasal. Decorridos três meses da cirurgia, a paciente retornou ao ambulatório com queixas de obstrução nasal. No exame físico foi averiguado retorno da degerenação polipoide, confirmado em nova Tomografia Computadorizada, onde foi diagnosticado velamento de todos os seios da face. Discussão: Geralmente os casos de PNS associados à Síndrome de Samter possuem difícil tratamento. A recidiva costuma ser precoce obstante o tratamento cirúrgico e clínico.