Objetivo: Levantar os principais achados microbiológicos em 10 pacientes que evoluíram para sinusite maxilar após serem operados por cirurgiões-dentistas. Material e métodos: Foram encaminhados para investigação bacteriológica e fúngica o conteúdo do seio maxilar de 10 pacientes submetidos sinusectomia maxilar endoscópica para tratamento de sinusite maxilar. Os pacientes tinham sido submetidos previamente a cirurgia de aumento do soalho de seio maxilar, implante dentário e/ou cirurgia endodôntica. Ao evoluir para sinusite maxilar foram tratados pelos cirurgiões-dentistas com antibioticoterapia sem melhora dos sinais e sintomas e assim encaminhados para especialista em Otorrinolaringologia. Resultados: Os achados foram de uma infecção polimicrobiana, composta por aeróbicos e anaeróbicos. Nos casos agudos houve predomínio de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Prevotella sp., Peptostreptococcus sp. e Fusobacterium sp. Já nos casos crônicos predominaram estreptococos hemolíticos, Microaerophilic streptococci, Staphylococcus aureus, Prevotella sp., Peptostreptococcus sp. e Fusobacterium sp. Em 2 casos com evolução crônica foram identificados a presença de Aspergillus niger. Conclusão: No caso de sinusite maxilar o conhecimento da microbiologia é importante na definição da terapêutica com antimicrobianos e/ou cirurgia destes pacientes.