M.A.S., sexo feminino, 55 anos, contadora, com queixa de dor em peso em região de seio maxilar esquerdo e obstrução nasal há cerca de 3 meses, associado à tosse persistente e secreção nasal mucóide, sem febre. Relata que os sintomas iniciaram após quadro de IVAS. Fez tratamento com uso de levofloxacina por 14 dias , depois claritromicina por 21 dias e corticosteróide oral com melhora apenas parcial do quadro. É Hipertensa em uso de enalapril 10 mg duas vezes ao dia e história de rinite sazonal. Ao exame físico otorrinolaringológico apresentou oroscopia e otoscopia sem alterações; rinoscopia com hipertrofia de cornetos inferiores com mucosa congesta com secreção espessa. Foi solicitado tomografia computadorizada dos seios paranasais e nasofibroscopia. Seu exame tomográfico mostrou tecido de densidade de partes moles em seio maxilar esquerdo com presença de calcificação amorfa em permeio, e sua nasofibroscopia apresentou hiperemia e congestão da mucosa nasal com hipertrofia de cornetos inferiores bilateral e obstrução do complexo óstio-meatal por espessamento mucoso. Realizada sinusectomia maxilar esquerda por Cawdell-Luc, turbinectomia bilateral e desobstrução do complexo óstio meatal, foi retirado material de aspecto denso, espesso de coloração esverdeada, que foi encaminhado para o exame histopatológico cujo laudo evidenciou presença de estruturas fúngicas arredondadas e pigmentadas de permeio.