Objetivo: verificar a evolução fonológica de sujeitos com desvio fonológico submetido a duas abordagens terapêuticas distintas. Apresentação de caso clínico: fizeram parte deste estudo quatro sujeitos do sexo feminino, com idades entre 4:2 e 7 anos, e diagnóstico de desvio fonológico. Todas foram avaliadas utilizando a Avaliação Fonológica da Criança, e foram estabelecidos seus inventários fonológicos iniciais. A partir desta avaliação foi realizado o cálculo da gravidade do desvio, sendo classificadas duas com desvio moderado-grave (Sujeito 1 e 3) e, duas com desvio leve-moderado (Sujeito 2 e 4). Após foram tratadas por diferentes abordagens terapêuticas: modelo de Oposições Máximas Modificado/ Empty Set acrescida da estimulação das habilidades práxicas orofaciais (S1 e S2); modelo de Oposições Múltiplas (S3 e S4), contrastando os vários sons ausentes no inventário fonológico da criança com o som substituto. Foram comparados os dados pré e pós-terapia, verificando os fonemas adquiridos no inventário fonológico dos sujeitos. Todos apresentaram evoluções no seu inventário fonológico. S3 foi o sujeito que apresentou maiores aquisições (10 fonemas), seguidos por S2 e S1, 8 e 7 fonemas respectivamente. A média de aquisição para os sujeitos tratados pelo modelo de oposições máximas foi de 7,5 fonemas, enquanto que para os sujeitos tratados pelo modelo de oposições múltiplas foi de 5,5 fonemas. Conclusões: ambas as abordagens de terapia foram efetivas para o tratamento do desvio fonológico nos casos estudados, visto que promoveram semelhantes aquisições nos inventários fonológicos desviantes, independentemente de receberem estimulação das habilidades práxicas orofaciais.