Objetivos: verificar o grau de alteração vocal e identificar queixas vocais comparando as respostas de fumantes e não fumantes Material e Métodos: o presente trabalho é um estudo transversal de caráter cego comparativo entre dois grupos de vinte e quatro pessoas cada, sendo um constituído por fumantes e o outro por não fumantes. Cada um dos participantes foi questionado a respeito de queixas vocais e submetido a uma avaliação perceptivo auditiva de grau de alteração vocal utilizando a escala GRBASI (Hirano, 1981). Resultados e conclusões: quanto às queixas vocais do grupo de fumantes, 24% queixaram-se de voz rouca, 19% de voz soprosa e 76% não apresentaram queixas. Apesar disso, a média da avaliação vocal neste grupo indicou um grau de alteração moderado. Já no grupo de não fumantes, 16% queixaram-se de voz rouca e 84% não manifestaram queixas. Na avaliação vocal, a média do grau de alteração no grupo ficou entre ausente e leve. Com base nestes dados, verificamos que o tabagismo é um fator de risco para alterações vocais. Porém, estas alterações podem não ser percebidas pelos indivíduos, o que pode acarretar em diagnósticos tardios de alterações vocais nesta população.