Objetivo: O presente estudo busca investigar a associação entre a transição alimentar e o aleitamento com a presença de risco ao desenvolvimento infantil. Material e método: A amostra foi constituída de 62 díades mãe-bebê. A coleta de dados ocorreu por meio da análise da interação mãe-bebê feita com base no Protocolo de Indicadores de Risco ao Desenvolvimento Infantil (IRDIs) e de uma entrevista que investigou aspectos relativos ao aleitamento e à transição alimentar. Os dados foram organizados em categorias em relação à transição alimentar e ao aleitamento, presença ou ausência de risco ao desenvolvimento infantil, além de variáveis temporais, e analisadas estatisticamente no software STATISTICA 9.0. Resultados: Os resultados apontaram que a dificuldade de transição alimentar e dificuldade de aleitamento correlacionam-se de modo significativo à presença de risco ao desenvolvimento infantil na fase de coleta dos IRDIs de 12 a 18 meses. Também está associada às variáveis idade da transição alimentar, idade da inserção de alimentação sólida, tempo de aleitamento materno e tempo de aleitamento artificial. Conclusão: a pesquisa demonstra que a dificuldade no aleitamento e na transição alimentar associam-se a alterações nas interações iniciais detectáveis pelo protocolo de Índices de Risco ao Desenvolvimento Infantil, principalmente ao eixo teórico que se refere à função paterna.