Objetivo: Avaliar a percepção de professores quanto às alterações vocais de seus alunos. Metodologia: Um questionário objetivo foi respondido por 50 professores da rede municipal de Nova Prata, Rio Grande do Sul, cujos alunos apresentassem idades de 4 a 11 anos. O questionário continha questões referentes à percepção dos professores quanto às alterações e hábitos vocais de seus alunos.Resultados: Dos 50 professores, 72% percebem alterações vocais nos alunos; 54% afirmaram ter alunos com alterações vocais e 64% responderam que dentre os problemas fonoaudiológicos, distúrbios de leitura são os que mais lhes chama atenção. Quanto aos hábitos dos alunos, 86% dos professores apontam que eles costumam falar muito alto e 46% afirmam ter alunos que imitam voz de personagens. Quanto ao maior risco para a saúde vocal, 80% de respostas apontam para falar alto enquanto que 82 % não consideram a imitação de personagens prejudicial. 84% dos professores consideram muito importante o hábito de beber água para a saúde vocal e 68% dos professores costumam orientar seus alunos em relação a cuidados que devem ser tomados para uma voz saudável.Conclusão: Os resultados deste estudo permitem apontar que os professores participantes da pesquisa percebem as alterações vocais em seus alunos e os orientam para que cuidem da voz, no entanto, entre as alterações fonoaudiológicas que consideram importantes, não mencionam a voz, e sim, distúrbios de leitura, necessitando assim obterem mais informações sobre os fatores de risco para a disfonia infantil.