As publicações científicas estão passando por uma revolução na sua forma de apresentação e no alcance da sua população alvo. Até há pouco tempo, praticamente só existiam revistas cientí- ficas na forma impressa; atualmente, a transformação dessa forma impressa para uma forma eletrônica está ocorrendo de maneira exponencial, visando aumentar a visibilidade do periódico e de seu conteúdo. Para se ter uma idéia do ritmo exponencial de crescimento dessa transforma- ção, a CAPES mostra que o número de publicações científicas eletrônicas pulou de poucas dezenas em 1991 para quase 3500 em 1997.

O Brasil também está tentando acompanhar essa fase de mudanças e vários periódicos nacionais estão adotando a forma integralmente digital ou a forma mista (diminuindo a versão impressa e acrescentando a versão eletrônica). Este movimento tem vantagens e desvantagens, entre elas:

- o acesso eletrônico costuma ser feito prioritariamente por profissionais envolvidos em pesquisa ou ensino, ou seja, ligados de alguma forma às instituições de ensino. A versão impressa é gratuita e alcança passivamente todos os otorrinolaringologistas do Brasil, inclusive aqueles que não estão envolvidos em centros universitários, os quais vêm as revistas como uma de suas principais formas de atualização científica.

- a versão eletrônica evita o acúmulo indesejado de papéis da versão impressa, que invariavelmente ocupa espaço nas casas ou consultórios profissionais. Por outro lado, depender exclusivamente do bom funcionamento dos computadores para armazenar os textos de interesse nem sempre é uma situação segura. Portanto, a necessidade de fazer um back-up impresso pode anular a vantagem de evitar acúmulo de papéis.

- a versão exclusivamente eletrônica diminui os custos gerados pela impressão e distribuição das versões impressas e aumenta a velocidade de difusão de conhecimentos e do próprio periódico. Por outro lado, a versão impressa permite que a revista seja lida a qualquer momento e em qualquer lugar, propiciando um certo conforto para o momento da leitura.

A revista Arquivos de Otorrinolaringologia já é apresentada em forma mista desde a sua criação, em 1997. Sua versão eletrônica permite o acesso aos textos na íntegra pela página www.forl.org.br, o que mostra que a revista está caminhando dentro das tendências atuais.

Idealizamos a alternativa de trocar a versão impressa da revista por um CD que continuaria a ser enviado gratuitamente para cada otorrinolaringologista, 'lembrando' que novos conhecimentos estão disponíveis para serem acessados no momento de sua melhor conveniência. Antes de implementar esta medida, gostaríamos de ouvir sua opinião: VOCÊ GOSTARIA DE RECEBER TRIMESTRALMENTE UM CD COM OS ARTIGOS DE CADA NOVA EDIÇÃO DA REVISTA ARQUIVOS DE OTORRINOLARINGOLOGIA ? Por favor, envie-nos a sua resposta por algum dos meios abaixo: email (arquivos@forl.org.br), fax (11-30859943) ou telefone (11-30689855).

Abraços a todos!

Dra. Tanit Ganz Sanchez
Dr. Olavo Mion
Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento
Prof. Dr. Aroldo Miniti