Terminou a I Semana Nacional de Prevenção à Surdez, realizada em todo território nacional nos dias 10, 11 e 12 de novembro, com o slogan: "PREVENIR É OUVIR". O objetivo principal foi a informação à população brasileira sobre a surdez e seus meios de prevenção. Os objetivos secundários foram:

- Orientar a população brasileira quanto ao tratamento.

- Conscientizar o trabalhador e a empresa de seus direitos e deveres no âmbito da surdez profissional.

- Alertar os órgãos públicos envolvidos na questão.

- Consolidar a importância psicossocial da surdez como deficiência física.

- Levantar dados da incidência da perda auditiva nos seus vários graus em relação à faixa etária.

- Divulgar a otorrinolaringologia como especialidade médica.

A Comissão Executiva, avaliando seus resultados iniciais, concluiu que a Campanha ultrapassou todas as expectativas de seus objetivos.

A campanha foi uma iniciativa das seguintes entidades:

Sociedade Brasileira de Otologia (SBO)

Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (SBORL)

Fundação Otorrinolaringologia

Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia

Conselho Federal de Fonoaudiologia

Contou, ainda, com os seguintes apoios e patrocínios:

Entidades Governamentais: Ministério da Saúde

Ministério da Educação

Ministério do Trabalho

Entidades Civis: ANIDA (Associação Nacional da Indústria e Distribuição de Aparelhos de Audição) Composta pelos seguintes membros: Centro Auditivo Siemens; Centro Auditivo Audibel; Centro Auditivo Microson; Centro Auditivo Oto-Sonic; Centro Auditivo Telex; Centro Auditivo Widex-Brasiton; GN Danavox do Brasil; Vicente de Camargo Auditivos

Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Força Sindical

Empresas Privadas: Mac Donald's do Brasil

Schering-Plough

Votorantim Papel e Celulose

As entidades acima, representando os médicos otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos brasileiros, o governo e outras entidades civis e privadas, conseguiram montar uma rede de voluntários inédita em todo o país, para promover um serviço de utilidade pública e de prestação de serviços à comunidade, provando que é possível a perfeita integração entre entidades representativas, governo e iniciativa privada em um trabalho em prol de seus semelhantes. A responsabilidade em promover o bem estar social, a saúde e o trabalho é de cada cidadão e não só de seu governo ou de suas organizações societárias.

A Campanha foi um dos mais importantes ações cívicas realizadas em todo o país.

A preocupação de todos os cidadãos para o próximo século deve ser cada vez mais a saúde e não as doenças. Nesta linha, campanhas preventivas melhoram a qualidade de vida das pessoas e têm custo muito menor custo do que o despendido pelo Governo e a sociedade com o tratamento.

Esta rede de voluntários foi montada a partir dos Delegados da Sociedade Brasileira de Otologia nos estados brasileiros, apoiada por sociedades de classe, faculdades, universidades, centros, hospitais, clínicas etc.

Participaram da Campanha 25 Estados, totalizando 25 capitais e 121 municípios. Somente 2 Estados não puderam participar, Rondônia e Roraima, por não contarem com delegados da SBO ou SBORL. Foram montados 406 postos, sendo 314 de triagem audiométrica e 92 de divulgação.

Dados preliminares que nos chegam mostram que mais de 100.000 de triagens audiométricas foram realizadas e mais de 500.000 de folhetos de orientação sobre prevenção foram distribuídos.

Centenas de matérias saíram em jornais, revistas, emissoras de TV e rádios, colocando o tema da surdez à população. Uma pesquisa encomendada à empresa de telemarketing indicou que 83,4% da população brasileira ouviu falar de alguma forma sobre o tema da surdez durante os dias da Campanha. O tema ainda vai permanecer em voga por algumas semanas, quando mais informações serão dadas.

Além da divulgação da surdez, obtivemos grandes vitórias que já valeram todo o empenho realizado:

1 - Através de indicação do Deputado Federal Dr. João Mellão Neto, o Ministro da Saúde, Dr. Carlos César de Albuquerque assinou a portaria no 1661 de 7 de novembro de 1997, que institui o dia 10 de novembro de cada ano como o "DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À SURDEZ" no calendário oficial do Governo Federal.

2 - O Ministro da Saúde determinou, também, que serão executadas a partir de 1998, as seguintes ações:

A - A extensão da vacinação isolada e obrigatória contra rubéola em todo território nacional, compreendendo crianças de 1 a 11 anos nas campanhas de vacinação e todas as mulheres no pós-parto imediato.

B - A formação de Comissão Técnica específica vinculada à Secretaria da Vigilância Sanitária, para estudo detalhado e revisão legislativa da comercialização de drogas ototóxicas.

C - Orientações e instruções às Secretarias de Saúde Estaduais para vacinação infantil contra Haemophilus influenzae em todas as crianças, com planos para que a mesma seja instituída em campanha nacional.

D - Realização conjunta com a SBO de filmes educativos relativos à prevenção e detecção da surdez na criança.

3 - O reconhecimento da Campanha pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que nos solicitou dados e informações obtidas para envio ao Programa de Prevenção da Surdez e Perda Auditiva (Programme for the Prevention of Deafness and Hearing Impairment).

4 - Avanços na normatização da distribuição de próteses auditivas e do tratamento dos surdos profundos através de implantes cocleares.

Um relatório final está sendo elaborado com todos os dados estatísticos e será amplamente divulgado.

QUADRO PRELIMINAR DOS EXAMES REALIZADOS QUE FORAM ENVIADOS ATÉ 21/11/97

CAPITAIS E MUNICÍPIOS Total de exames







TOTAL PARCIAL DE EXAMES COMPUTADOS
ATÉ 21/11/97 - 32.749