Objetivo: Caracterizar os achados audiológicos em pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) com e sem zumbido. Material e Método: Foram avaliados com audiometria tonal limiar (ATL), otoemissões acústicas evocadas transientes (EOET) e potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE), 101 indivíduos com DRC, divididos em dois grupos: G1: com zumbido (n= 49) e G2: sem zumbido (n=52). Resultados: Apresentaram deficiência auditiva (DA) uni ou bilateral 33 pacientes, sendo 20 (61%) de G1. Houve predomínio do tipo neurossensorial - 91% (n= 30) e 8% mista (n=03). Quanto ao grau, 67% das orelhas tinham grau leve (n=33), 20% moderada (n=10), 4% grave (n=02) e 8% profunda (n=04). As EOET estiveram ausentes uni ou bilateral em 53 % de G1 (n=26) e em 31% de G2 (n=16) (p<0,05). O PEATE esteve alterado uni ou bilateral em 37% de G1 (n= 18) e em 42% (n=22) (p>0,05). Os grupos não diferiram estatisticamente quanto à idade (G1= 49 anos, dp±11 e G2= 44 anos, dp±11) e gênero (Feminino: G1: 41% (n=20) e G2: 48% (n=25) / Masculino: G1: 59% (n=29) e G2:52% (n=27). A distribuição dos grupos quanto ao tipo de tratamento para a DRC foi: hemodiálise: G1: 49% (n=24) e G2: 21% (n=11) / Diálise Peritoneal: G1: 12% (n=06) e G2: 17% (n=09) / Tratamento conservador: G1: 39% (n= 19) e G2: 62% (n=32) (p<0,05). Conclusão: A queixa de zumbido foi frequente em pacientes com DRC com deficiência auditiva neurossensorial, independente do grau da perda auditiva, otoemissões acústicas ausentes e submetidos à hemodiálise.