OBJETIVO Descrever a experiência do Centro de Implante coclear do Serviço de Otorrinolaringologia do HU da Universidade Federal de Sergipe. MATERIAL E MÉTODO Trata-se de uma coorte retrospectiva realizada através de informações obtidas dos prontuários de oito pacientes submetidos à cirurgia de implante coclear. Avaliamos: sexo, etiologia, idade na cirurgia, tempo de surdez, classificação da surdez, cirurgia uni ou bilateral, complicações intra e pós-operatórias, impedância e resposta neural dos eletrodos no intra-operatória, exames pré-operatórios e achados que contra-indicassem a cirurgia. RESULTADOS Dos oito pacientes cinco eram crianças e três eram adultos. Quatro do sexo masculino e quatro de sexo feminino. Etiologia: 2 rubéola materna, 2 citomegalovirus, 2 ototoxicidade, 1 meningite e 1 surdez súbita. A idade na cirurgia e tempo de surdez variaram respectivamente de 2 a 46 anos e de 2 a 18 anos. Seis pacientes foram classificados como pré-linguais e os outros dois como pós-linguais. Todos apresentavam PA bilateral profunda. 75% foram implantados bilateralmente. Complicação intra-operatória: gusher. Complicações do pós-operatório: vertigem e falha do dispositivo interno. Em 6 pacientes os eletrodos foram implantados completamente. A telemetria realizada no intra-operatório mostrou resposta neural e impedância satisfatórias dos eletrodos implantados. TC e RNM foram realizadas em todos os pacientes no pré-operatório. Encontramos alargamento do aqueduto vestibular em um paciente. CONCLUSÃO O implante coclear é uma forma de reabilitação auditiva já consolidada e vem se difundindo em diferentes centros especializados em otoaudiologia. Dessa forma, fica patente a necessidade de serviços estruturados e profissionais capacitados neste tipo de procedimento.