Objetivo: Descrever e analisar interpretações de medidas obtidas na timpanometria realizada em neonatos com tom sonda de 226 e 1000Hz. Material e Método: Foram avaliados 73 neonatos, 38 do gênero feminino e 35 do masculino, com idade entre 4 e 29 dias de vida, presença de emissões otoacústicas em ambas as orelhas e ausência de fatores de risco para perda auditiva. A pesquisa foi realizada com tom teste de 226 e 1000Hz no Serviço de Fonoaudiologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, utilizando o imitanciômetro Interacoustics Audiotest 425h. Na análise estatística dos dados aplicou-se o teste qui-quadrado de McNemar, teste t-student para amostras pareadas e teste ANOVA. Resultados: Houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) na comparação entre os gêneros na medida de complacência com tom sonda de 226Hz (p=0,011) na orelha esquerda. Comparando os tons de sonda de 226 e 1000Hz, na medida complacência, verificamos que houve diferença estatisticamente significante entre as orelhas, OD (p=0,003) e OE (p=0,001). Na comparação entre os tons de sonda e orelhas foi encontrada significância estatística nas seguintes medidas: complacência em 226Hz (p=0,002); pressão do pico em 226Hz (p<0,001); complacência em 1000Hz (p=0,004); pressão do pico em 1000Hz (p=0,045). Observamos maior ocorrência de pico único com tom sonda de 1000Hz e pico duplo com tom sonda de 226Hz em ambas as orelhas (p<0,001). Conclusão: Na análise das medidas obtidas nas timpanometrias verificamos diferença estatisticamente significante entre os tons de sonda de 226 e 1000Hz e orelha (direita e esquerda) em neonatos.