Objetivo: Analisar casos de corpos estranhos em sítios otorrinolaringológicos em crianças atendidas em um hospital de emergência em São Luís-MA. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo através da coleta de dados dos prontuários de 105 crianças. Foram analisados os seguintes aspectos: sexo, idade, procedência, tipo do corpo estranho, local de inserção do corpo estranho e tempo de permanência do mesmo. Resultados: A maioria dos casos foi de corpos estranhos em fossas nasais. Os corpos estranhos mais encontrados foram feijões, sementes e artefatos de plástico. O tempo de permanência médio foi de 32 dias. Em apenas de 2 casos este período foi inferior a 24 horas. Discussão: O tempo médio de permanência dos corpos estranhos foi maior que outros estudos, gerando maior risco de complicações. O pequeno número de otorrinolaringologistas no Maranhão contribui para os perigos da longa permanência de corpos estranhos e submete as crianças ao manejo por profissionais não especializados. Conclusão: Alertamos que a população precisa reconhecer precocemente os sintomas relativos à permanência de corpos estranhos para iniciar busca por atendimento especializado. As autoridades de saúde maranhenses, por sua vez, precisam instituir medidas eficientes para acesso ao atendimento otorrinolaringológico de urgência.