Objetivo: Relacionar as possíveis alterações nos fonemas linguodentais com as habilidades do sistema estomatognático referentes à língua. Material e Métodos: participaram da pesquisa 113 sujeitos com idades entre 4 e 9 anos, sendo 72 do sexo masculino e 41 do feminino. Esses sujeitos passaram por avaliações pré-terapia, das quais foram analisadas: a Avaliação Fonológica da Criança (Yavas, Hernandorena e Lamprecht, 1991) para verificar o nível de aquisição (Adquirido, Parcialmente Adquirido ou Ausente) dos fonemas linguodentais (/t,d,n,l/); e a avaliação do Sistema Estomatognático (Marchesan, 1998), em que se examinou a presença ou a ausência das habilidades referentes a língua (protrusão, retração, vibração, estalo, elevação x abaixamento de ponta e alargamento x afilamento). A partir desses dados realizou-se análise estatística com o Teste Mann-Whitney (Teste U), considerando-se p<0,05. Resultados: percebe-se que a vibração de língua foi a habilidade que as crianças mais apresentaram dificuldade na realização. Assim como, o fonema /l/ foi o que teve menor índice de realização correta. Ainda, não se verificou diferença estatística entre os níveis de aquisição dos fonemas /t,d,n,l/ e a dificuldade na realização das habilidades do sistema estomatognático referentes a língua. Acredita-se que isso tenha ocorrido pelo fato de a maioria dos sujeitos não apresentarem alterações desses fonemas no inventário fonológico (Nível Adquirido). Conclusões: A produção dos fonemas linguodentais não foi influenciada pelas habilidades do sistema estomatognático referentes à língua.