Objetivo: relatar um paciente com a síndrome de bandas amnióticas apresentando anormalidades craniofaciais, com importantes implicações fonoaudiológicas. Relato de caso: o paciente é um menino de 1 ano e 3 meses, o quarto filho de um casal de pais não consanguíneos e sem história familiar de defeitos congênitos semelhantes. A mãe apresentava 43 anos e o pai 42 anos. A criança nasceu de parto cesáreo, por bolsa rota, a termo, pesando 2120 g, medindo 46 cm e com Apgar de 9 no quinto minuto. A gestação cursou sem intercorrências. A mãe nega o uso de fumo, álcool ou outros agentes teratogênicos durante a gestação. Ao nascimento identificou-se a presença das anormalidades craniofaciais e de membros superiores. Estas incluíram agenesia de pálpebras, assimetria craniofacial, importante estreitamento bilateral com marcas de constrição externa envolvendo face, anormalidades do formato do lábio superior (lembrando um esboço de fenda labial), constrição na extremidade distal do dedo anular da mão esquerda e desvio radial mão direita com encurtamento do antebraço ipsilateral. Evoluiu com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Conclusão: a soma dos achados clínicos do paciente levou ao diagnóstico de síndrome de bandas amnióticas. As anormalidades craniofaciais são bastante variáveis, como observadas em nosso paciente. A importância da Fonoaudiologia, entre outras especialidades, na avaliação e tratamento destes pacientes refere-se à existência de alterações de fala, linguagem, motricidade orofacial e deglutição.