Objetivo: Conhecer a percepção dos pais quanto à identificação dos distúrbios fonoaudiológicos na infância. Material e método: Setenta e cinco pais de pré-escolares da região sul do Brasil entrevistados por questionário previamente estruturado e validado. Foram verificadas as variáveis: gênero, idade, número de filhos e conhecimentos sobre os distúrbios fonoaudiológicos, como idade para alterações de linguagem, conseqüência de problemas auditivos, conduta perante problemas fonoaudiológicos, o que os hábitos deletérios podem ocasionar nas crianças e conhecimentos a respeito da fonoaudiologia. Resultados: Verificou-se que 20 (26,7%) dos pais consideram 4 anos a idade limite para as trocas na fala; 23 (30,7%) indicam que por volta dos 18 meses a criança deve começar a falar; 30 (40%) referiram que a Fonoaudiologia pode atuar junto às crianças a partir dos 02 anos de idade; 46 (61,3%) priorizariam a avaliação por um fonoaudiólogo em caso de suspeita de atraso de fala; 56 (74,7%) nunca procuraram atendimento, avaliação e/ou orientação fonoaudiológica para seus filhos; 65 (86,7%) referem que o problema auditivo pode acarretar conseqüências na fala e 47 (62,7%) atribuem o uso da mamadeira e chupeta à problemas dentários. Conclusão: Em geral, os pais tem conhecimentos apropriados em relação ao desenvolvimento normal da fala, linguagem e audição na infância, bem como dos indicativos para a busca de avaliação especializada. Há relação proporcional entre o grau de conhecimento sobre a atuação fonoaudiológica e as alterações de fala, linguagem e audição na infância e a escolaridade dos pais.