Objetivo: verificar se existe associação entre os resultados da avaliação da memória de trabalho e a presença de perda auditiva, idade, sexo, escolaridade e nível sócio-econômico. Material e método: Os procedimentos utilizados para a avaliação dos sujeitos da pesquisa foram: anamnese; audiometria tonal liminar; sub-teste de memória de trabalho do instrumento de avaliação neuropsicológica breve Neupsilin (Fonseca, Salles e Parente, 2009) e o Critério Brasil (ABEP, 2012). Resultados: Foram avaliados 34 indivíduos, com idade entre 60 e 86 anos, (média de 73 anos), sendo 5 do sexo masculino e 29 do sexo feminino. Com relação a audição, constatou-se que 16 indivíduos (47,6%) apresentaram limiares auditivos normais e 18 indivíduos (52,94%) perda auditiva de grau leve a severo. Não foi observada associação entre os resultados obtidos na avaliação de memória de trabalho e a presença de perda auditiva (p=0,8). Também não houve associação entre memória de trabalho e idade (p=0,1), sexo (p=0,5), escolaridade (p=0,3) e nível sócio-econômico (p=0,2). Conclusão: No grupo de idosos avaliado não foi observada associação entre a presença de perda auditiva, idade, sexo, escolaridade e desempenho nos testes de memória de trabalho. Novos estudos estão sendo realizados visando a comprovação deste resultado.