OBJETIVO: Verificar as variáveis perda auditiva e velocidade de apresentação do estímulo verbal no reconhecimento de fala em idosos. MATERIAL E MÉTODO: O estudo foi realizado no Laboratório de Próteses Auditivas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Foram avaliados 57 sujeitos, divididos em dois grupos, um constituído por 31 idosos normo-ouvintes e outro por 26 idosos com perda auditiva. Todos foram submetidos aos testes Listas de Sentenças em Português e Listas de Sentenças Lentificadas em Português, a fim de possibilitar a obtenção dos Índices de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio e no Ruído e dos Índices de Reconhecimento de Sentenças Lentificadas no Silêncio e no Ruído. RESULTADOS: Os idosos sem perda auditiva investigados apresentaram melhores resultados à apresentação das sentenças em velocidade lenta, quando comparados aos obtidos com a apresentação em velocidade típica, com diferença estatisticamente significante, quando avaliados no silêncio (p=0,001690*), mas não no ruído (p=0,131644). Já os idosos com perda auditiva apresentaram melhores resultados, com diferença estatisticamente significante tanto no silêncio (p=0,047283*), quanto no ruído (p=0,002030*), quando avaliados com sentenças em velocidade diminuída. CONCLUSÕES: Os achados da presente pesquisa evidenciam que os idosos, independente da audição periférica, se beneficiam no que concerne ao reconhecimento da mensagem ouvida, quando a fala é realizada em velocidade mais lenta no silêncio. Quanto à fala no ruído, foram mostrados indícios que idosos com perda auditiva se beneficiam mais que aqueles com normalidade auditiva, quando a fala apresenta-se em velocidade diminuída.